"A claridade é uma justa repartição de sombras e de luz"

-Goethe-

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Enciclopédia dos Serial Killers

"Bang! Bang! O martelo de prata do Maxwell desceu sobre a cabeça dela. Clang! Clang! O martelo de prata do Maxwell certificou-se de que ela estava mesmo morta!" Parece uma cantilena infantil, com um final trágico. Mas na realidade "Maxwell's Silver Hammer" é uma música dos The Beatles gravada em 1969 para o álbum "Abbey Road".

Os Fab Four criaram uma música inspirada no serial killer Maxwell que matava as suas vítimas com uma martelada na cabeça. Segundo Ian MacDonald, crítico de música e autor de "Revolution in the Head: The Beatles' Records and the Sixties": "Foi um erro sinistro representante da mais terrível falta de gosto por parte de McCartney."

Erro ou não, os The Beatles não foram os únicos a fazer música com estas tragédias. Guns N' Roses, Bruce Springsteen, Alice Cooper, Talking Heads e Rolling Stones são só alguns dos nomes a juntar à lista. No cinema aconteceu o mesmo. Anthony Hopkins ganhou o Óscar ao interpretar o Dr. Hannibal Lecter, em "O Silêncio dos Inocentes", inspirado num assassino muito real - Ed Gein.

O professor de literatura Harold Schechter e o romancista David Everitt reuniram os piores criminosos de sempre em "A Enciclopédia dos Serial Killers", que chegou agora às livrarias portuguesas. Se não tem coragem para ler o livro, aguente-se só mais um bocadinho. Primeiro conselho: não passe muito tempo na Califórnia. É o estado norte-americano com mais serial killers. O melhor mesmo é ficar pela Europa onde se cometeram apenas 17% dos homicídios em série, muito longe dos 76% dos EUA. Os criminosos são normalmente homens caucasianos e as principais vítimas são prostitutas. Mas nenhuma profissão está a salvo. Escolhemos dez dos mais marcantes na história mundial para ler acompanhado..."clique no link abaixo"


Gilles de Rais - Barba AzulDe 80 a 200 mortos
Século XV
É o típico caso de um milionário, a sofrer de tédio e com uma mente muito perversa. Gilles de Rais andou ocupado a combater ao lado de Joana d’Arc durante a Guerra dos Cem Anos. Quando voltou, tornou-se marechal de França e arranjou a pior maneira de ocupar o seu tempo. Durante nove anos, o “Barão Brutal” perseguiu os filhos dos camponeses locais. No castelo dos horrores torturava os rapazes e desmembrava-os. Foi executado em 1440 e foi o modelo para o Barba Azul dos contos de fadas. 

William Heirens3 mortos
entre 1945 e 1946
“Por amor de Deus apanhem-me, antes que mate mais alguém. Não consigo controlar-me.” A mensagem escrita a batom e deixada na sala de estar de uma vítima é tornou-se famosa. Normalmente os serial killers não querem ser apanhados, mas William Heirens, ou o “Assassino do Batom”, deixou um inusitado pedido de ajuda. Não é pela quantidade de vítimas que consta no livro, mas pela crueldade. A última vítima do norte-americano foi uma menina de 6 anos, logo depois foi apanhado e ainda hoje está preso.

Ted Bundy28 mortos
entre 1974 e 1978
Estudante de direito, atraente e com aspecto de atleta. Ted Bundy não tinha dificuldade a seduzir as suas vítimas, sempre mulheres. Em 1974, quando vivia em Seattle, nos EUA, matou sete mulheres, uma por mês. Os seus ataques começaram a ser cada vez mais ferozes. Num dos casos mordeu com tanta força o rabo da vítima – depois de lhe ter mastigado o mamilo – que deixou marcas dos dentes que levaram à sua captura. Foi preso em 1977 e fugiu duas vezes. Ted foi condenado à morte e executado em 1989.

Andrei Chikatilo52 mortos
entre 1978 e 1990
Um escriturário, casado e com filhos, de 42 anos, parecia tudo menos um serial killer. Mas o russo era capaz das maiores atrocidades. Escolhia as vítimas mais indefesas: rapazes, raparigas e jovens mulheres. Abordava-os numa paragem, prometia-lhes boleia e levava-os para uma floresta. Corta-lhes a língua e chegou a devorar os genitais de algumas vítimas. Foi preso em 1990 e disse: “O que fiz não tinha por objectivo o prazer sexual. Era antes algo que me trazia paz de espírito”. 

Ed Gein15 mortos
entre 1947 e 1957
Serviu de inspiração para “Psycho”, “O Massacre do Texas” e “O_Silêncio dos Inocentes”. Ed Gein tinha um fascínio por anatomia e era canibal. Arrancava a pele das vítimas e exumava-as. Filho de um pai alcoólico, era fã das experiências nazis. Ed Gein decorava a casa com os corpos das suas vítimas. Quando a polícia o prendeu, encontrou corpos pendurados, taças feitas de crânios e o coração da mãe de Ed numa frigideira. Foi preso e morreu aos 78 anos de cancro. Teve direito a clube de fãs.

Jeffrey Dahmer17 mortos
entre 1978 e 1991
Jeffrey Dahmer sofria de uma dependência macabra. O britânico matava os seus amantes homossexuais, já que cadáveres nunca o iriam abandonar. Quando a polícia descobriu o apartamento do assassino entrou num filme de terror. Cabeças congeladas, crânios guardados no roupeiro, mãos em decomposição e ossos em caixas. Como os autores explicam no livro:  “Estripá-los e ter relações sexuais com as vísceras, era um dos seus prazeres”. Foi preso e foi espancado até à morte em 1994.

Dr. Harold Frederick Shipman250 mortos
entre 1971 e 1998
O Dr. Morte preferia idosas e o método era sempre o mesmo: fazia uma visita surpresa à casa das doentes e matava-as com uma injecção do analgésico diamorfina. Harold Frederick Shipman só foi apanhado, quando forjou o testamento de uma das vítimas. Os psiquiatras do Dr. Morte disseram que ele foi muito devotado à mãe e que ficou traumatizado por ter assistido à luta contra o cancro. Nos últimos dias, ela levava sempre injecções de morfina. Cena traumática que o Dr. recriava com as suas vítimas.

Mary Ann Cotton21 mortos
entre 1865 e 1873
As mulheres tinham como arma preferida o veneno. Não sujavam as mãos e ninguém desconfiava. Mary Ann Cotton foi a viúva negra mais famosa do Reino Unido. As suas vítimas sofreram sempre de uma estranha febre gástrica. Dessa maneira livrou-se dos quatro maridos e até de filhos. O objectivo era ficar-lhes com o dinheiro do seguro. A enfermeira teve uma infância infeliz e foi apanhada quando o seu enteado de 7 anos foi autopsiado. No estômago da criança encontraram vestígios de arsénio.

Belle GunnessMais de 20 mortos
entre 1900 e 1908
Esta imigrante norueguesa chegou aos EUA em 1891 e conseguiu assassinar dezenas de pessoas sem levantar suspeitas. As vítimas eram os seus maridos – para lhes ficar com o dinheiro – e empregados. Belle Gunness matou até dois dos seus filhos, depois de lhes fazer um seguro de vida. Em 1908 incendiou a própria casa, para ficar com o dinheiro, mas a polícia acabou por encontrar mais de 12 cadáveres enterrados na quinta. Belle conseguiu fugir e nunca foi encontrada.

Carl Panzram21 mortos
entre 1920e 1929
Com 8 anos foi condenado por conduta desordeira sob o efeito de álcool. Foi violado quando era adolescente e expulso do exército. Viajou por todo o mundo, América do Sul, Europa e África, e deixou um rasto de corpos. Mais tarde tornou-se revisor de comboios e escolhia as suas vítimas como queria. Em 1920 violou e matou dez marinheiros. Quando foi preso e condenado à morte disse para o carrasco que lhe preparava o nó da forca: “Enforcava uma dezena de homens enquanto andas aí a brincar”.
“A Enciclopédia dos Serial Killers”de David Everitt e Harold Schechter
Preço: €18,85
Editora: Guerra e Paz
É uma enciclopédia de A a Z, mas está organizada por temas. Começa com os aligátores utilizados para fazer desaparecer os corpos e pelo meio ficamos a conhecer uma parte macabra da história da humanidade.



O Hall of Fame dos assassinos
Jack, o Estripador
•  As vítimas eram sempre prostitutas de Londres 
•  Nunca foi identificado ou preso
•  A alcunha surgiu porque o assassino costumava estripar as vítimas
Charles Manson
•  Mentor de um culto hippie chamado “A Família” que cometeram vários homicídios. O mais famoso e o primeiro de Manson foi  o da actriz Sharon Tate, mulher do realizador Polanski, que estava grávida na altura.
•  Manson era conhecido como o diabo, foi preso em 1969 e continua na cadeia
Assassino Zodíaco
•  Um dos maiores crimes que ficou por resolver. Há quem diga que era Arthur Leigh Allen, molestador de crianças. Mas as impressões digitais não correspondiam.
•  Durante nove meses, em 1968, um assassino andou por São Francisco a espalhar o terror. Terá matado 37 pessoas e deixava mensagens enigmáticas aos polícias.

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